O vinho de Catas Altas era comparado por autoridades no assunto como melhor que do Porto e o Xerez
Importante rota de um dos antigos caminhos coloniais, o local passou a ser chamado de Catas Altas devido ao processo primitivo para extrair o ouro, que era explorado no sistema de catas, onde grandes escavações eram feitas nas areias dos rios até encontrar a pedra do fundo do leito. A história de Catas Altas, assim como de diversas cidades mineiras, está relacionada com o ciclo da mineração no século XVIII. O nome “Catas Altas” provém das profundas escavações que se faziam no alto dos morros. A palavra “catas” significa garimpo, escavação mais ou menos profunda, conforme a natureza do terreno para a mineração. A região oferece diversos atrativos naturais. Os Altos da Lagarta, do Barreiro, do Cruzeiro, Cachoeiras da água Limpa e do Jequitibá, Morro Redondo, os Rios Piranga e Pirapitinga são alguns desses atrativos. O patrimônio histórico e cultural do município é composto do Museu e Arquivo Histórico Memorial Padre Luiz Gonzaga Pinheiro, dos Passos da Paixão e das Igrejas Matriz de São Gonçalo do Amarante, o ciclo da mineração Catas Altas foi um dos mais ricos e populosos arraiais de Minas Gerais, com o esgotamento das minas o arraial ficou praticamente abandonado. O vinho de Catas Altas era comparado por autoridades no assunto com o Porto e o Xerez. A produção do vinho colaborou para que a população elevasse sua autoestima. Uns plantavam as videiras, outros fabricavam o vinho, outros comercializavam o produto, numa cadeia em que o dinheiro girava e todos saíam ganhando. O vinho de Jabuticaba surgiu muitos anos depois do vinho de uva, pelo senhor Anastácio de Souza. Antes as jabuticabas eram utilizadas para licor, o que muito se encontrava nas casas tradicionais do arraial.