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Com direção de Vilma Melo e Victor Peralta e texto de Antonio Prata, Emilio Orciollo Netto faz público rir e pensar, no Teatro Unimed. (créditos: Jorge Bispo) |
A comédia dramática Muito Pelo Contra?rio, um texto inédito escrito por Antonio Prata especialmente para o ator Emi?lio Orciollo Netto, tem sua temporada no Teatro Unimed prorrogada até o sábado, 29 de outubro. Este espetáculo muito divertido, dirigido por Vilma Melo e Victor Peralta, fala da vida de um casal comum, com suas qualidades e defeitos, neste inquieto mundo atual, em rápida transformação pós-pandemia, em que se reveem temas como liberdade, fidelidade, machismo, empoderamento feminino e, claro, o amor que leva duas pessoas a terem uma vida a dois. Como diz o próprio autor, “Muito Pelo Contra?rio pretende fazer rir e pensar, necessariamente nessa ordem. Uma excelente oportunidade para rir das nossas neuroses, preconceitos, fraquezas, ciu?mes, raivas e inseguranc?as”. O momento atual A quarentena forc?ada pela pandemia colocou a? prova muitos casais. Alguns, inclusive, na?o sobreviveram a? convive?ncia extrema. Segundo informac?o?es do conselho federal do Cole?gio Notarial do Brasil (CNB), o segundo semestre de 2020 teve um recorde de dissoluc?o?es matrimoniais com 43.859 registros, chegando a um aumento de 15%, bem acima da variac?a?o anual de 2%. O fim da quarentena e a chegada do “novo normal” tambe?m trazem questo?es aos casais que, depois de um longo inverno, tentam retomar suas rotinas. Se e? verdade que depois de toda grande trage?dia humanita?ria ha? um pico de euforia e hedonismo, questo?es como fidelidade e traic?a?o ocupam o centro da pauta. Mesmo antes do coronavi?rus, e? verdade, tais questo?es ja? estavam em alta. A terceira onda do feminismo, o movimento #metoo e outras ecloso?es femininas mudaram a relac?a?o entre os ge?neros e exigem dos homens um reexame ine?dito.
O texto A peça Muito Pelo Contra?rio e? exatamente este reexame: um homem em crise diante da liberdade de sua mulher, tentando encontrar o seu novo papel neste mundo em (des)construc?a?o. O humor, caracteri?stica sempre presente nos livros, roteiros e cro?nicas de Antonio Prata, faz com que toda esta reflexa?o se de? de forma leve, mas incisiva. A atuac?a?o precisa e realista de Emilio Orciollo Netto, com anos de experie?ncia no teatro, cinema e televisa?o, da? ao texto uma fluic?a?o natural, coloquial, orga?nica.
Rodrigo e Gabi sa?o pais de primeira viagem. Depois de dois anos trocando fralda, amamentando, acordando de madrugada e submetendo-se a todos os perrengues exigidos por um rece?m-nascido, veem-se diante de um bebe? estupendo – e de uma relac?a?o estropiada. Meses de inso?nia, pijamas, olheiras, pantufas e golfadas no ombro na?o sa?o exatamente o cena?rio mais adequado para que brilhem o romance, o sexo e a alegria da vida a dois – ou melhor, a tre?s. No momento em que Rodrigo acha que sua vida sexual acabou, conhece no trabalho uma mulher que lhe desperta o desejo. Sob toneladas de culpa, ele se pergunta: qual seria a gravidade de um sexo casual com a colega? Ele na?o quer uma amante. Na?o pensa de jeito nenhum em se separar. Sexo casual com outra mulher faria dele um monstro da masculinidade to?xica? Um parceiro desleal? Ou apenas um ser humano livre que dispo?e de seu corpo com liberdade durante sua curta passagem sobre a terra? E se sua amada esposa estivesse pensando em fazer a mesma coisa, com os mesmos direitos que ele? Como lidar com sua educac?a?o machista, antiquada, de homem nascido no final do se?culo 20?
As questões levantadas e que a todos interessam A pec?a analisa uma relac?a?o amorosa contempora?nea a partir desta pergunta: o que significa, nos dias de hoje, uma traic?a?o? E? legi?timo que um dos dois fac?a sexo com um terceiro, sem que o co?njuge fique sabendo? E? melhor que saiba, que o assunto seja discutido a? mesa de jantar? Ou trata-se de uma questa?o privada, que na?o faz parte da vida do casal? Quem pula a cerca e? uma pessoa livre e bem resolvida ou canalha? Como aceitar para o outro as liberdades que porventura queremos para no?s mesmos? A chegada de um filho acaba com a vida sexual de um casal? O casamento sobrevive a noites mal dormidas, trocas de fraldas, mamadeiras, golfadas, choros? O amor e? mais forte que tudo isso? Ainda mais no meio de uma pandemia e de uma crise poli?tica e social sem precedentes
O autor Paulistano, escritor e roteirista, com 14 livros publicados, entre crônicas, contos e infantis, Antonio Prata escreve para televisão, cinema e teatro. Em 2013, foi selecionado pela revista Granta como um dos 20 melhores escritores brasileiros com menos de 40 anos. Filho dos também escritores Mário Prata e Marta Góes, trabalha como roteirista na Rede Globo, onde participou da equipe das novelas Bang Bang (2006) e Avenida Brasil (2012), A Regra do Jogo (2015) e das séries Os Experientes (2016, prêmio APCA de melhor série e finalista do Emmy Internacional), Sob Pressão (2017/2018, vencedor do APCA de melhor série) e Pais de Primeira (2018, vencedor do prêmio ABRA de melhor roteiro de série cômica). Atualmente, escreve a série Encantado’s, com Chico Mattoso, Renata Andrade e Thais Pontes, que deve estrear no fim de 2022 no Globoplay. Sobre as provocações de Muito Pelo Contrário, sua primeira peça a ser encenada, ele analisa: “Vejam só que coisa: fomos à Lua, dividimos o átomo, modificamos o DNA, fotografamos um buraco negro, mas estamos completamente desamparados, contando somente com a própria experiência e intuição, quando se trata de organizar uma vida a dois. A Apple, a Microsoft, a OMS, a Nasa e os tutoriais do Youtube pouco ou nada podem ajudar casais a definir as regras e protocolos de cada relação. Na hora de juntar os trapos - e, mais difícil, mantê-los juntos -, cada um de nós, ou melhor, cada dois, tem que inventar seu próprio modelo. As dificuldades são ainda maiores numa época em que se questionam os papeis dos gêneros. Derrubadas as paredes que colocavam a mulher no lar e o homem no trabalho, cabe aos dois descobrir, juntos, quais os direitos e deveres de cada um. Trata-se de uma benção e de uma maldição. Um casamento pode ser o que quisermos, mas nós é que precisamos construí-lo. Nesta elaboração, tanto o homem quanto a mulher (e isso vale pra relações hétero ou homossexuais) percebem em si próprios a distância entre o ideal e o real. Entre aquilo que gostariam de ser e o que realmente são. O que é um perrengue para a vida amorosa contemporânea é, felizmente, um prato cheio para a dramaturgia”.
O ator Também paulistano, Emilio Orciollo Netto tem uma carreira de quase 33 anos de atuação no teatro, cinema e televisão. De apresentador do Globo Ciência, logo passou a brilhar em novelas, como O Rei do Gado, Anjo Mau, Alma Gêmea (Rede Globo) e Marcas da Paixão e Topíssima (Record), séries como Chiquinha Gonzaga (Rede Globo) e O Mecanismo (Netflix) e filmes como Tropa de Elite 2 (dirigido por José Padilha) e Real - o Plano por Trás da História (dirigido por Rodrigo Bittencourt). No teatro, já participou de quase duas dezenas de peças, entre as quais O Beijo no Asfalto (ao lado de Leopoldo Pacheco, com direção de Michel Berkovitch) e Atrás da Porta (2014, como diretor). Sobre este seu mais novo trabalho, conclui: “Tempos difíceis, talvez como nunca antes passamos. Como se relacionar nesse momento? Meu grande desejo como ator e produtor é poder mostrar ao público, um pouco desse mundo caótico e real de um casamento com um filho de dois anos de idade. Expectativa versus realidade. Sonhos que muitas vezes nunca se concretizam. O olhar de Antonio Prata nos traz esse universo para o entretenimento e a reflexão”.
A direção A carioca Vilma Melo é atriz, diretora e professora de artes cênicas, primeira atriz negra a ganhar o Prêmio Shell na categoria de Melhor Atriz, pelo espetáculo Chica da Silva – O Musical (2017). Tem vários trabalhos no cinema, como os filmes Campo Grande e Três Verões (ambos de Sandra Kogut) e na televisão, como as novelas Prova de Amor, Avenida Brasil e Joia Rara e os seriados Sob Nova Direção e Cidade dos Homens (todos da Rede Globo). No teatro, já participou de várias montagens, como Grande Othelo – Êta Moleque Bamba! (2004) e AntígonaCreonte (2011) e dirigiu Lapinha (de Isabel Fillardis) ao lado de Edio Nunes. Sobre seu trabalho de direção na peça Muito Pelo Contrário, ela afirma: “o instigante de dirigir isso tudo é ter o humor como a mola mestra e o término sem juízo de mérito. É o espectador quem vai ter a sua resposta, única e individual. O texto tão bem reconhecido por nossa mente aponta lugares com que nos identificamos piamente. Emilio, este experiente ator, é o condutor deste percurso agônico, mas leve; sério, mas burlesco; real, mas imagético. E ele vai nos fazer mergulhar nesta divertida história”.
Chamado por amigos como “o argentino mais querido dos palcos cariocas”, Victor Garcia Peralta é ator, cenógrafo e diretor teatral de grandes sucessos como Os Homens São de Marte... e é Para Lá que Eu Vou e Não sou Feliz mas Tenho Marido, entre muitos outros espetáculos. Seu olhar de grande cuidado estético e, ao mesmo tempo, fortemente dedicado ao trabalho do ator é sua marca registrada. E é assim que ele se refere a este novo trabalho de direção: “Muito Pelo Contrário me seduziu e instigou desde a primeira leitura. O texto de Antonio Prata me deixou cheio de perguntas (quando isso acontece é um bom sinal). Sermos monógamos é uma utopia criada pela sociedade ou por algumas religiões? Existe fidelidade? No meu caso, não acredito na monogamia e na fidelidade, acredito na lealdade”.
Sinopse A divertidíssima comédia dramática Muito Pelo Contrário narra um momento na vida de Rodrigo, em crise com a esposa, Gabi, depois de dois anos envolvidos nos perrengues do primeiro filho, em plena pandemia. Quando Rodrigo acha que a vida sexual do casal foi pro lixo junto com as fraldas sujas e restos de banana amassada com aveia, vê-se diante da possibilidade de uma pulada de cerca. Mas uma inesperada mensagem no celular faz com que tenha que rever suas convicções e repensar suas atitudes.
“Uma peça escrita, dirigida e encenada por craques. Trata de temas atuais, que podem ser divertidos e intrigantes ao mesmo tempo. É um prazer ter um texto inteligente e perspicaz como este sendo encenado em nosso Teatro Unimed. Tenho certeza que a retomada das atividades presenciais e a oportunidade de estarmos com familiares e amigos em eventos culturais contribuem para a saúde mental e o bem-estar de todos", afirma Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Unimed Nacional.
“O Teatro Unimed continua no seu propósito de oferecer produções de qualidade ao público de São Paulo e a seus visitantes, com uma programação feita para ser aproveitada junto com a família e amigos, de forma leve, divertida e que, ao mesmo tempo, nos faz pensar. Por sua localização privilegiada no Edifício Santos-Augusta, frequentar o Teatro Unimed permite uma experiência completa, antes e depois do espetáculo, com a alta qualidade e o ótimo atendimento do Perseu Coffee House, no térreo, e do Casimiro Ristorante dal Tatini, no quarto andar”, declara Fernando Tchalian, CEO da desenvolvedora Reud, controladora do Teatro Unimed. Teatro Unimed O Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista. Sua programação é dedicada a espetáculos de alta qualidade e nunca antes exibidos na cidade, como o musical Lazarus, de David Bowie, com o qual o teatro abriu suas portas em agosto de 2019. Durante todo o período em que esteve fechado para espetáculos presenciais, o Teatro Unimed continuou produzindo cultura e lazer, com espetáculos de grande qualidade, online e sempre gratuitos, como parte do projeto Teatro Unimed Em Casa. Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro Unimed é todo revestido em madeira, com 249 lugares, palco de 100m2, boca de cena com 12m de largura e fosso para orquestra. Primeiro teatro criado por Isay Weinfeld, o Teatro Unimed ocupa o primeiro andar do sofisticado edifício projetado pelo arquiteto, o Santos Augusta, empreendimento da desenvolvedora Reud, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro, o que permite uma experiência completa, antes e depois de cada espetáculo. Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Santos Augusta. Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo Hauner, e uma carta de cafés, comidinhas e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour. O Casimiro Ristorante, localizado no quarto andar do edifício, é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini. Muito Pelo Contrário Teatro Unimed Ed. Santos Augusta, Al. Santos, 2159, Jardins, São Paulo Temporada prorrogada: até 29 de outubro de 2022 Horários: sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 18h Valores: Inteira - R$ 90,00 (plateia), R$ 70,00 (balcão). Meia-entrada - R$ 45,00 (plateia) e R$ 35,00 (balcão). Clientes Unimed têm 50% de desconto com apresentação da carteirinha. Descontos não cumulativos. Horários da Bilheteria: Sexta e sábado, das 13h30 às 21h30. Domingos, das 10h30 às 18h30. Duração: 70 minutos Classificação: 14 anos Capacidade: 249 lugares Gênero: Comédia Acessibilidade: Ingressos para cadeirantes e acompanhantes podem ser reservados pelo e-mail Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo. Estacionamento com manobrista: R$ 25,00 (primeira hora) + R$ 10,00 (por cada hora adicional) Vendas pela internet: www.sympla.com.br/teatrounimed https://www.facebook.com/ https://www.instagram.com/ Edição Rose Cecilia |
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