JOÃO CARLOS MARTINS SE REENCONTRA COM O CARNEGIE HALL 60 ANOS APÓS SUA ESTREIA NA CASA E FAZ PRÉVIA DO CONCERTO EM SÃO PAULO

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Em 31 de outubro, maestro faz première do concerto de NY na Sala São Paulo com a Bachiana Filarmônica SESI-SP.

O maestro João Carlos Martins, considerado um dos maiores intérpretes de Bach do século XX, após alcançar perto de 3 milhões de visualizações em apresentações on-line entre 2020 e 2021, segue para Nova York para comemorar os 60 anos de sua estreia no Carnegie Hall. Em seu retorno ao Stern Auditorium/Perelman Stage, em 19 de novembro, Martins apresentará um programa com foco na música de Bach, Heitor Villa-Lobos e o compositor brasileiro André Mehmari, regendo a NOVUS NY, orquestra de música contemporânea da Trinity Wall Street fundada pelo compositor e maestro Julian Wachner em 2011.

Antes da viagem, Martins fará uma première do concerto na Sala São Paulo, com a Bachiana Filarmônica SESI-SP, em 31 de outubro. O programa começa com J.S. Bach com o Concerto de Brandenburgo nº3 em Sol Maior - BWV 1048, Concerto de Brandenburgo nº1 em Fá Maior - BWV 1046 e Jesus alegria dos homens, coral final da cantata Herz und Mund und Tat und Leben que, embora seja a 32ª cantata composta por Bach, foi-registrada sob o nº BWV 147 no catálogo completo de suas obras.

A noite segue com o Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº4 - W264 - 424, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), o mais importante e reconhecido maestro e compositor brasileiro, seguido pela estreia mundial da obra Portais Brasileiros nº 2 - Cirandas, do pianista, arranjador, compositor e multi-instrumentista André Mehmari, apontado como um dos mais originais e completos músicos da cena brasileira atual.

“Nada é fácil para uma pessoa que passou por tantas adversidades. São poucas as pessoas que podem celebrar sua estreia no Carnegie Hall no mesmo palco. E eu, antes de tudo, quero mostrar este concerto aqui no Brasil, que terá no repertório Bach, obviamente, Heitor Villa-Lobos e André Mehmari, mostrando que o que vale da vida é a trajetória da esperança. Por isso, a Sala São Paulo será privilegiada ao receber o concerto João Carlos Martins no Carnegie Hall, em Nova York, no dia 19 de novembro. E no dia anterior, na sede das Nações Unidas, na Organização Mundial da Saúde, será realizada uma conferência de imprensa com vários cientistas do mundo sobre o problema de minhas mãos, que é a Distonia Focal”, nos conta o maestro, que tem trabalhado muito para difundir os conhecimentos sobre a doença que atinge muito músicos pelo mundo.

Após a première na Sala São Paulo, o maestro João Carlos Martins parte para Nova York em um voo da Delta Airlines, para os ensaios com a NOVUS New York e a grande noite no Carnegie Hall.

João Carlos Martins e o Carnegie Hall

A história de Martins com o Carnegie Hall começou em 1962 – ano em que a casa recebeu também o show que lançou oficialmente a Bossa Nova nos Estados Unidos –, no Concerto Para Piano e Orquestra, do compositor argentino Alberto Ginastera, acompanhado pela Orquestra Nacional de Washington sob a regência de Howard Mitchell – à convite da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt, após sua performance no Segundo Festival Interamericano em Washington, no Cramtom Auditorium, Howard University, em 1961.

Em 1978 João Carlos Martins volta ao Carnegie Hall, com a lotação esgotada e com direito a 300 cadeiras extras dispostas no palco, tocando 24 prelúdios e fugas do 1º volume de O Cravo Bem Temperado, de Bach, quando o público o presentou com 10 minutos de aplausos.

Em comemoração aos trezentos anos de nascimento de Bach, em 1985 Martins volta à casa, já começando a sentir fortes dores nas mãos, reflexo da Lesão por Esforço Repetitivo (LER), e decide pausar sua carreira de pianista.

Após longo tratamento para a recuperação do acidente sofrido na Bulgária, em 1996 retorna ao Carnegie Hall como solista em concerto com a American Symphony Orchestra, sob a regência de JoAnn Falletta, naquela que seria sua “última” apresentação como pianista no teatro que o consagrou em 1962.

Em 2007, faz sua estreia internacional como regente no Carnegie Hall com a então chamada Orquestra Bachiana, com o jovem pianista belga Stefan Meylaers como solista na peça Suíte Brasileira, de Mateus Araújo. Afastado do piano, ao final do concerto João se dirigiu ao instrumento, tocando com apenas três dedos as Variações de Temas de Bach, de Chris Brubeck, e a Ária da Quarta Corda, de Bach.

João Carlos Martins volta ao Carnegie Hall em 2008, com a Bachiana Orquestra de Câmara, para o evento Amazon Forever, em prol da preservação da Floresta Amazônica. Usando apenas um dedo de sua mão direita e dois da mão esquerda, Martins toca dois movimentos de concertos de Mozart, Larguetto Nº 27 (K 495) e Andante Nº 23 (K 488), em um programa que trazia ainda Luiza, de Antonio Carlos Jobim, e Adiós Nonino, de Astor Piazzolla.

JOÃO CARLOS MARTINS

Bachiana Filarmônica SESI-SP

Sala São Paulo

31/10/2022, às 21h

PROGRAMA

Concerto de Brandenburgo nº 3 em Sol Maior - BWV 1048

Concerto de Brandenburgo nº 1 em Fá Maior - BWV 1046

Jesus alegria dos homens

J.S. Bach

Bachianas Brasileiras nº4 - W264 – 424 – Prelúdio

Heitor Villa-Lobos

Portais Brasileiros nº 2 - Cirandas

André Mehmari

SERVIÇO

João Carlos Martins

31/10, às 21h

Sala São Paulo

Praça Júlio Prestes, 16

Tel.: 11 3367 9500

Ingressos: De R$ 50,00 a R$ 120,00

Nas bilheterias da Sala: Boulevard — Andar Térreo; Estacionamento — 1º subsolo; em dias de concertos, a partir de 2h30 antes e até 30 minutos após o início das apresentações. Aceita cartão de débito ou crédito — sem taxa de conveniência.

Venda online: https://osesp.byinti.com/#/ticket/

Venda por telefone: (11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.

Capacidade: 1.388 lugares

Classificação: Livre

Edição Rose Cecilia

Data de publicação desta Matéria 27-10-2022

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