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Com o tema “Atitude transformadora”, Rafael Cortez, ator, humorista e palestrante, apresentou sua trajetória e motivou os participantes com insights para inspirar pessoas, passar confiança, alimentar potenciais talentos internos, além de compartilhar dicas que os agentes podem aplicar no seu cotidiano visando conquistar melhores resultados.
“Uma atitude mais ousada pode render frutos, desde que haja planejamento, esforço e tempo para que o melhor de você prevaleça. A atitude transformadora é o que nos tira da zona de conforto, isso vale para qualquer fase da carreira em que você estiver. Ela vem para desacomodar, olhar fora da caixa, refletir a qualidade do trabalho, porém, exige preparo, repertório, atualização, requer segurança e um tom de voz firme. Eu aplico o mantra pessoal (eu sou um centro de paz e energia), e promovo a luz e a autoestima. A atitude transformadora dos líderes é uma mudança de postura para humanizar-se, gente como gente, na medida do possível. Tempo, paciência e persistência - contar com a empresa, ego no lugar, o staff direto precisa ajudar”, ressaltou o ator, que também deu dicas para um desempenho de sucesso nas vendas como, por exemplo, escrever um roteiro de seus discursos, treinar com alguém se ouvir e ver, realizar a descompressão da fala e corpo.
A palestra “Impactos da Reforma Tributária no Turismo” com Queli Morais, sócia da consultoria tributária BDO Brazil, trouxe uma visão otimista sobre o mercado, apresentou os aspectos principais da reforma, ressaltou insights para o setor, bem como compartilhou dicas de como se preparar para estimar impactos, definir ações e tomar decisões para o período de transição e vislumbrar os novos cenários, caso ela seja aprovada.
Na apresentação foram discutidos os cinco tributos IVA Dual (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS), imposto seletivo (“IS”), imposto sobre a produção, extração, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. A palestrante também comentou alguns pontos de atenção como a regulamentação por lei complementar, alíquota referencial fixada pelo Senado, em que cada ente define sua própria alíquota (somatório); tributos renovados com o patrimônio e operações financeiros que interferem em hotéis e locais que os participantes trabalham; PIS/cofins em que não estará na reforma nova, mas poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, utilização intensiva de mão de obra, porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo autorizada também, bases de cálculos diferenciais. Outros temas discutidos foram Iluminação pública, regimes específicos com cooperativas, simples nacional, IBS e CBS; novos tributos (IS e IBS) e oportunidades.
O “Painel de companhias aéreas: tendências das tarifas, tecnologia e programa de milhas” contou com a participação de Anderson Serafim (Azul Linhas Aéreas), Anderson Wolff (Gol Linhas Aéreas) e Camila Belinelli (Latam Airlines). Luti Guimarães (presidente do conselho da Air Tkt – Assoc. Bras. dos Cons. de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens) foi o mediador.
O debate trouxe temas como taxa de remuneração mínima do agente de viagens e como será repassado para o consumidor, New Distribution Capability (NDC), mercado de milhas e a transferência para programas, expectativas para 2024, planejamentos das frotas aéreas, mudanças da portaria que foi assinada pelo aeroporto de Santos Dumont, além de esclarecer dúvidas dos agentes de viagens.
Referente à taxa de remuneração mínima, Anderson Wolff destacou o que a Gol Linhas Aéreas está realizando sobre o assunto. “Tomamos a decisão de otimizar as funcionalidades que estão disponíveis em pleno funcionamento. Não entram grupos e fretamentos nas cobranças. O objetivo é que o agente de viagens tenha autonomia e independência dentro do site, além da eficiência que temos nas nossas funcionalidades”, disse.
Sobre o New Distribution Capability (NDC) e o que ele impacta na vida do agente de viagens e do consumidor, Camila afirmou que “o principal desafio é a mudança. Já temos plataformas sólidas e as transformações são um dos paradigmas. O NDC foi pensado muito na experiência do site, em um estilo mais friendly. Começamos a olhar esse modelo e passamos a falar sobre tarifas mais acessíveis. A Latam tem construído isso a várias mãos. A nossa intenção é construir uma metodologia mais utilizável”.
“A Azul já nasceu nesse modelo, que trouxe diversas vantagens. Estamos conciliando a experiência do viajante com os benefícios da companhia aérea. Queremos trazer ações do NDC usadas lá fora para o Brasil. Mas acredito que o GDS não irá desaparecer, porém, grande parte da nossa receita já é feita pela distribuição direta. Vejo que isso se expandirá, mas sempre existem riscos”, comenta Aderson Serafim.
Uma das outras dúvidas sobre o cenário atual do turismo foi sobre o mercado de milhas. “Criamos várias barreiras tecnológicas para reduzir esse serviço. Bloqueamos muitas contas, quando identificamos esses vendedores. As milhas não trazem benefícios para a companhia e nem para o agente de viagens. Hoje, vejo que o turista que vinha por meio dos milheiros voltou para os agentes de viagens e companhias aéreas. Essa mudança permitiu uma redução de custos e a oportunidade de conhecer ainda mais esse cliente. Notamos que ainda há pequenos vendedores de milhas, porém, estamos chegando a ponto de diminuir esse método”, complementou Serafim.
“Criamos barreiras para dificultar as vendas desses milheiros sem prejudicar o viajante. Foi um desafio mitigar para que não houvesse esses espaços para esse mercado de milhas. Não tem como extinguir, mas continuaremos com o trabalho e precisamos manter esse equilíbrio com o passageiro fiel”, ressaltou o porta-voz da Gol.
Com o tema “Números e oportunidades da indústria de cruzeiros”, a palestra, ministrada por Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil), apresentou o lançamento de navios, tendências do segmento, a oportunidade de eventos em navios de cruzeiros como incentivos, casamentos, aniversários, bodas, convenções, fretamentos e cruzeiros temáticos. Outros destaques foram as ações de sustentabilidade e as regulamentações do setor (imposto de renda, lei geral do turismo, vistos, acordos bilaterais, aeroporto SDU, antaq, marinha, ibama, ICMBio, ana, anvisa, receita federal e polícia federal).
Durante o evento, a CLIA mostrou novos destinos, portos de embarque, piers, terminais de passageiros, novos combustíveis, energia elétrica, batimetrias e dragagens. Além disso, temas como segurança, meio ambiente, tecnologia foram discutidos.
De acordo com a pesquisa “Estudo de perfil e impactos econômicos no Brasil”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2022, 44,2% das navegações foram no Caribe, Bahamas e Bermuda e 5,7% na Alasca. A expectativa é que até 2028, o setor de cruzeiros brasileiros tenha 121 mil leitos adicionais comparando com 2022 e 4 milhões de cruzeiristas a mais em 2025. Na temporada 2022/2023, nove navios operaram na costa brasileira entre os meses de outubro de 2022 e abril de 2023, transportando 802.758 cruzeiristas. No Brasil o impacto econômico médio gerado por cada cruzeirista nas cidades-escala é de R$ 557,32, foram gerados 79.567 mil empregos.direto, indireto Do total de empregos criados pelo segmento, 1.652 foram de tripulantes dos navios - número 35,1% superior ao gerado na temporada anterior - e outros 77.915 empregos diversos, de forma direta, indireta e induzida (resultado quase quatro vezes maior que o observado na temporada anterior).
O impacto econômico médio gerado por cruzeiristas nas cidades de escala foi de R$ 639,37, com 4,9 dias (contra 4,8 dias da temporada passada), tempo médio dos cruzeiros. Já o impacto médio gerado por cruzeiro nas cidades de embarque e desembarque foi de R$ 813,56.Segundo os dados da pesquisa de impacto econômico no Brasil, o tíquete médio dos cruzeiristas na temporada 2022/2023 foi de R$ 5.073,51 - gasto médio por passageiro com a compra da viagem de cruzeiro. Dos entrevistados, 60,4% são de São Paulo, 17% do Rio de Janeiro, 5,9% de Minas Gerais, 5,3% Paraná e 1,5% outros. E 87,2% disseram que têm desejo de retornar ao destino.
O conteúdo “São Paulo - um destino mundial”, ministrado por Luís Sobrinho (Setur-SP), apresentou o turismo náutico com 630 km de costa, 4.200 km rios navegáveis, mais de 50 lagos e represas, além de destinos do litoral norte e sul com costa da Mata Atlântica. Outros destaques foram o turismo náutico e o de pesca com 4.200 km de rios navegáveis e 50 lagos, o estilo de bem-viver de Campinas, Mananciais aventura, arte e negócio, além do Vale do Ribeiro com Petar, intervales, Caverna do Diabo, Carlos Botelho, Ilha do Cardoso, atrativos de balonismo, parques temáticos (Andradina, Olímpia, Suzano, Itupeva, Vinhedo e Águas de São Pedro), trens turísticos, Circuito das Águas, Circuito das Frutas, Campinas, Vale do Ribeira, Mantiqueira, Caminho da Fé, trens turísticos, cicloturismo e rotas peregrinas, observação de vida silvestre e gastronomia paulistana.
“Vocês podem observar São Paulo muito além dos prédios. Muitos conhecem o estado como um lugar corporativo. Foi mostrado o que o destino oferece e o que o agente de viagens pode trabalhar. Temos 35 mil km de rodovias, com as 20 melhores do Brasil. Maior frota de carros alugados segundo a AbiaM - com 104 mil veículos. O maior complexo terminal rodoviário da América (Barra Funda, Jabaquara e Tietê), segundo a Socicam, com 89 plataformas e 300 linhas de ônibus”, destaca.
O painel “Redes e hotéis independentes: desafios e estratégias na hospitalidade” contou com a participação de Isabelle Grechi (B2B.Reservas), Juliana Luengo (Bedsonline), Noah Britto (Trend) e Artur Andrade, chief communication officer e editor-chefe da Panrotas como moderador. O debate principal ficou por conta da paridade de tarifas em todos os canais na cadeia turística, tecnologia, precificação, valorização do agente de viagens, dicas para não focar somente no melhor preço, mas também nos benefícios do serviço.
Juliana Rosa (Grupo Bandeirantes) realizou a palestra “Expectativas para a economia”. A conversa teve como foco o teto de gastos do governo, os impactos para o turismo, taxa de desemprego, equilíbrio das contas públicas, inflação, dólar, avanço da reforma tributária, economia global, além da perspectiva da economia para 2024. “Vejo o cenário como um copo meio cheio. Devemos valorizar e investir na educação, tomar decisões baseadas em fontes com informações seguras”, comenta Juliana.
No final do evento, a associação homenageou a trajetória de Fernando Santos, que tem 25 anos na diretoria da entidade, foi presidente da Abav-SP | Aviesp e hoje é vice-presidente financeiro. “Não podíamos deixar de fazer essa homenagem especial para uma pessoa que deixou um legado de muito êxito de 7 anos a frente da Abav-SP | Aviesp e que permitiu a união de duas entidades. Agradecemos o seu profissionalismo por transformar a história da associação”, ressaltou Juliana Assumpção, diretora de negócios da entidade.
“É uma honra receber essa homenagem. Estou emocionado com o carinho. Essa trajetória só foi possível por conta do apoio da minha família, equipe da Abav-SP | Aviesp e toda a diretoria da associação”, disse Fernando.
Premiação TOP-SP: Melhores parceiros
Os vencedores do prêmio TOP-SP: Melhores Parceiros, eleitos pelos agentes de viagens, receberam os troféus no dia 7 de dezembro. A premiação, que tem como objetivo prestigiar as organizações do setor de turismo e oferecer aos agentes de viagens associados a chance de selecionar as empresas com as quais se sentem mais conectados, foi ainda mais especial, pois completou 31 anos de história. Veja a lista completa dos vencedores desta edição no site (link).
O 2º Abav MeetingSP conta com o Governo do Estado de São Paulo e Bedsonline como patrocinadores master, além das marcas expositoras: CS Global, Expedia Taap, Hertz, Localiza, Monde e R1. Os apoiadores são Abav Nacional, CLIA Brasil e Câmara LGBT.
Acompanhe a associação no Instagram (@abavsp.aviesp) e Facebook (@Abav-SP/Aviesp) ou entre em contato pelo e-mail abav.sp@abav.com.br.
Edição Rose Cecilia
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