Flores da Cunha a cidade mais italiana do Brasil, a língua, gastronomia, música, religiosidade e os costumes herdados dos imigrantes italianos
Flores da Cunha foi emancipado da cidade de Caxias do Sul. Seu nome é uma homenagem ao ex-governador do estado, José Antônio Flores da Cunha, que havia prometido construir uma estrada férrea ligando o município ao resto do estado. A Serra Gaúcha, na qual se localiza o município, era habitada por índios caigangues desde tempos imemoriais, mas estes foram desalojados violentamente pelos chamados "bugreiros”, os quais abriram espaço, no final do século XIX, para que o governo do Império do Brasil decidisse colonizar a região com uma população italiana. A cidade é considerada a mais italiana de todas as cidades que receberam imigrantes. Um forte apelo turístico do município é a preservação das tradições culturais herdadas dos imigrantes italianos: a língua, a gastronomia, a música, a religiosidade, os usos e costumes, assim como os demais elementos da cultura de imigração da região nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Na área rural, as pequenas colônias são produtoras de licores, queijos, vinhos e outros produtos coloniais. Ao lado da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, há um imponente campanário de 55 metros de altura, todo em pedras de basalto, num total de 11, e 122 pedras. Demorou 3 anos sua construção: de 1946 a 1949. Na área de turismo de compras, destacam-se a Festa Nacional da Vindima e a Feira de Inverno. No turismo religioso, Corpus Christi e a Romaria ao Frei Salvador, com trilhos e tapetes confeccionados em serragem pela comunidade.