DIAS SEM NÚMEROS: SMITH GALERIA FAZ EXPOSIÇÃO VIRTUAL DE EDU VERENGUEL
Serie Alboroto - Beija-me 1 / acrílica sobre tela; 56x56 cm cada; frente e verso, pintura dupla face, sem moldura 2021.
A mostra está disponível até 25 de julho no website da galeria, onde os visitantes podem deixar suas mensagens.
Oferecendo uma alternativa ao que seria uma exposição individual em tempos de Covid-19, a Smith Galeria preparou uma mostra virtual de um expoente dos anos1980 e 1990, Edu Verenguel, integrante do vibrante coletivo multimídia x.a.r.a.n.d.u, junto de Carlos Barmak, Marta Oliveira e Vera Barros. Oriundos de áreas completamente diferentes, (Barmak era editor de vídeo, Marta estilista e Vera videomaker) reuniu arte extremamente autoral, em São Paulo – SP, naquele momento de efervescência da produção artística paulistana.
Em DIAS SEM NÚMEROS, o artista apresenta uma visão afiada do nosso mundo contemporâneo e destes tempos ímpares para a sociedade. São 14 obras, produzidas com técnicas e suportes mistos, que abrangem o período pandêmico de janeiro de 2020 a maio de 2021. “Pinturas feitas ‘em solidão’, povoadas de imagens do entorno, sensações, acontecimentos congelados, desejos e o eterno eremita. Minha primeira exposição virtual está no website da Smith Galeria, onde me sinto bem”, afirma o artista.
“Que maravilha. Retomando figuração de trabalhos anteriores de várias fases diferentes. A paleta de cores sofreu modificação e surpreende. Os silêncios são ditos de maneira gritante. São fortes e impactantes, embora tenham esse colorido tropical, quente. Você me impressiona com sua capacidade de reinventar os elementos presentes em sua obra e ressignificá-los”. (Marta Oliveira, em mensagem na exposição virtual.)
EDU VERENGUEL - Brasil, 1957
Por Anne Smith e Edu Verenguel
Nascido numa pequena cidade do interior do Brasil que recebeu grande imigração japonesa, Edu Verenguel teve sua produção bastante influenciada pela rica iconografia oriental. A alegoria do encanto e desencanto, da ilusão, da impermanência expressada por arquétipos de catástrofe e tragédia prevalentes naquela cultura manifestam-se nos trabalhos do artista, criando toda sorte de confusão, calamidades e alaridos. Vibram o caos e sensações atávicas de solidão e isolamento que nos fazem pensar no ser humano e sua morada (o planeta); sua interação com o entorno e com todos os seres vivos, as ações e reações, a melancolia inerente à espécie que caminha com incerteza para um futuro tempestuoso que é também agora.
“Há décadas em que nada acontece e há semanas em que décadas acontecem”. (Lenin)
“Turn on, tune in, drop out”. (Timothy Leary)
Nesse processo, a transposição para o suporte evidencia acidentes e correções que o artista faz questão de deixar registrados, concretizando-se em obras de imagens típicas sublinhadas pela quase ausência de acabamento e apuro, denotando um estranhamento inicial e gerando incômodo ao olhar. Essa peculiaridade técnica, engenhosa, enfatiza sua coerência construtivo/poética. Sua produção se configura única e curiosamente magnética, responsiva às evocações que subsistem na psique coletiva, ao mesmo tempo que se assume completamente anticonvencional.
Serviço:
DIAS SEM NÚMEROS
Exposição virtual de Edu Verenguel
Até 25 de julho
Informações e vendas: info@smithgaleria.com
Foto modificada de homem sorrindo
Descrição gerada automaticamente
Sobre o artista:
Formação Acadêmica: 1986 - Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP - São Paulo – SP.
Exposições
1983 - Galeria Kaos Brasilis, São Paulo - SP - curadoria Marta Oliveira.
1986 - Junta-se a Carlos Barmak, Marta Oliveira e Vera Barros, e forma o grupo x.a.r.a.n.d.u.
1986 a 1987 - O grupo x.a.r.a.n.d.u. participa do Open Circuit - 50 ateliês se abrem para visitação pública - evento paralelo às Bienais de São Paulo.
1987 - Art Museum Project - pinturas ambulantes - patrocinado e feito nas laterais dos caminhões da Metropolitan Transportes que rodavam o Brasil
- atelier x.a.r.a.n.d.u. coletiva na Agência de Arquitetura e Arte - Rio de Janeiro – RJ.
- Museu de Arte Contemporânea de São Paulo - Ibirapuera – São Paulo – SP; curadoria e apresentação Ana Mae Barbosa, diretora do MAC.
1989 - Exposição Submarino, Coletiva - no MAC – Florianópolis – SC.
- Exposição - Atelier Xarandu - Paço das Artes/MIS - São Paulo – SP.
- Exposição - Atelier Xarandu - Galeria de Arte do Clube Paulistano, São Paulo – SP.
- Exposição - De Flinstones a Jetsons - Galeria de Arte do Ipanema Clube - Sorocaba – SP.
1990 - Xarada Xarandu - o grupo participa da publicação de “tirinhas humorísticas" no jornal Folha de S. Paulo (Folhinha).
1991 - Exposição - Zoológico Xarandu no MAC Ibirapuera em São Paulo - SP - e duas páginas na revista VEJA de São Paulo.
- Exposição Artistas Paulistas - Galeria Caco, Curitiba – PR.
- Workshop - "Arte Hoje" - Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR.
2002 - Rendam-se Terráqueos - Coletiva Casa das Rosas - São Paulo – SP
2004 - Início do Atelier João Moura, São Paulo – SP.
2009 - Exposição Coletiva do Atelier João Moura, São Paulo – SP.
2011 - Smith Galeria – Coletiva em São Paulo – SP
2012 - Smith Galeria – Coletiva, curadoria Ines Raphaelian
Edição Rose Cecilia
Data de publicação desta Matéria 07-07-2021
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