Com o tema, Governança corporativa dentro dos conceitos de Environmental, Social, and Governance ESG, o destaque do encontro foi o lançamento do formato inspirado em programas de televisão. Essa primeira edição foi baseada em talk shows. 

“Para começar com o pé direito, nosso primeiro programa foi recheado de conteúdo valioso. Tivemos entrevistas inspiradoras com líderes do setor, segmentos práticos mão na massa, premiações e novidades. Começamos essa edição com o Global Show: Lets Talk about ESG. Mais do que nunca, foi hora de agir, inspirar e transformar, comentou Luana Nogueira, diretora executiva da ALAGEV.

A primeira convidada foi Ana Paula Arbache, cofundadora do HUB ESG da Alagev, fundadora do Hub Mulher e da Arbache Innovations, que abordou o tema  Governança, que norteará toda a temporada das reuniões globais deste ano.

O bate-papo identificou os desafios, cases, tendências, além do crescimento exponencial do mercado dos eventos e artefatos. No LACTE, que aconteceu nos dias 27 e 28 de fevereiro, no Golden Hall do WTC Events Center, foram apresentadas boas práticas. Devemos fazer com que os stakeholders cumpram os seus objetivos em relação à diversidade, educação, laboratórios de degustação de tecnologias e gestão de riscos, pois quanto menos preparado mais riscos você terá. Podemos destacar a segurança do trabalho, se o evento impacta a sociedade e comunidade local seja no som, trânsito ou na segurança, além da gestão de resíduos. Sempre falo que não é necessário começar tudo de uma única vez, mas um passinho de cada vez é possível. E faça algo, mas bem feito e da maneira correta, ressaltou. 

O debate também mostrou três dicas básicas para os talentos profissionais, sendo eles:

1. Se preparar: para aumentar a trabalhabilidade é necessário saber qual é o papel da marca no mercado. A especialista sugeriu procurar aumentar o repertório e fazer projetos como vitrine;
   
   
2. Valores inegociáveis: existem culturas organizacionais que não estão preparadas para mudar. Porém, os profissionais não devem deixar que as pessoas negociem com seus valores e coloquem em risco a sua carreira e reputação;
   
   
3. Responsabilidade de cada um: as pessoas transferem a culpa umas às outras. A reputação é como uma escala e, no fim, identificarão que o erro veio do ponto inicial.

De acordo com a educadora, não são responsabilidades individuais, mas coletivas. E será necessário levar essas discussões adiante com práticas mais sustentáveis, alinhadas à ética e transparência. Ela  destacou que as ações de ESG feitas hoje serão colhidas amanhã. 

Ana Paula ainda ressaltou a importância da capacitação. A especialista mencionou a certificação do ESG Bronze, da ALAGEV. O curso é direcionado aos talentos e organizações do setor que possuem competências e bons resultados em relação às boas práticas das diretrizes. Líderes, profissionais e interessados em conhecer os fundamentos da agenda desse conteúdo, suas aplicações nos negócios e operações no setor de eventos e viagens corporativas, integram o público-alvo do projeto.

Quadro - Chega mais anfitrião

O segundo quadro do encontro foi o Chega mais anfitrião com Fernando Vasconcellos, co-CEO do Grupo Kontik; e Hugo Souza, gerente geral da B2B Reservas. A conversa destacou a certificação ISO 27.001, sistema de normas para a privacidade de dados e como disponibilizar as informações captadas nas empresas. 

Outro tema mencionado foi a certificação ISO1018 2020, que fornece diretrizes para envolver as pessoas no sistema de gestão da qualidade de uma empresa, além de aprimorar seu envolvimento e competência dentro dela.  De acordo com Fernando, apenas 5% das organizações realmente entram a fundo na certificação. Ou seja, o número continua baixo.As empresas deveriam se aprofundar como seus fornecedores estão guardando seus dados. E entender se aquilo que está acontecendo / prometido nas planilhas de excel é feito de forma segura.

Com isso, Hugo demonstrou que as aplicações de segurança são necessárias. A tecnologia é fundamental na proteção. A inovação traz boas práticas de ESG, por isso, é imprescindível entender como ela é aplicada dentro da empresa. Vejo que a tecnologia é meio e não fim. Ela por si só não aplica todas as condições, pois depende das políticas e ações de cada marca, salientou.

Ana Paula, que ficou no palco e participou do bate-papo, contribuiu para a discussão. É relevante saber como isso é tratado no desdobramento de Recursos Humanos (RH), ou seja, como se trabalha com dados. Conseguimos melhores resultados quando aplicamos de forma inteligente e colocamos a tecnologia como aliada. Quando você conhece seu negócio, sabe a importância e impactos da certificação da ISO. Ela veio para otimizar as operações. A empresa não vive sem lucro, mas que seja um lucro com propósito, concluiu.

Quadro da Palavra com especialista - dicas pontuais 

Durante o evento, a ALAGEV trouxe o vídeo de Gianfranco Muncinelli, professor e diretor da Intedya, com dicas pontuais sobre ESG. Com base na norma ABNT PR 2030, mostramos que o G é base do E e S. Precisamos de um conjunto de regras e diretrizes para levar à frente todas essas atividades. Falamos de governança cooperativa, respeitando o direito dos minoritários, analisou.

O especialista destacou a prestação responsável de contas, compliance, manual de regras de cada especificidade da empresa com valores - como as ações devem funcionar dentro da marca com transparência entre gestão e funcionários. Além disso, mostrou que é necessário ser minuciosamente estruturado com controles internos e uma comunicação efetiva. 

Gianfranco observou que o monitoramento e autoavaliação são imprescindíveis para a melhoria contínua dos negócios e finalizou: Hoje estou melhor que ontem. E amanhã serei melhor que hoje.