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Luis Garcia, foto divulgação
Premiar a criatividade para ajudar a combater o estigma relacionado aos problemas de saúde mental. Esse é um dos objetivos do “Luzes na Escuridão”, concurso idealizado pelo projeto BELO e que tem a Fundação Europamundo e o Rotary Club Madri Corporate como fomentadores. As inscrições estão abertas até 15 de agosto para pacientes em tratamento e pessoas que superaram suas condições, além de familiares e profissionais de saúde que tratam do tema.
As nove categorias incluem obras escritas, imagens (pinturas, desenhos, comics e vídeos, entre outros formatos gráficos), criações musicais e conteúdo publicado em redes sociais. Produções geradas com o auxílio de inteligência artificial – como imagens ou contos em vídeo – também podem ser inscritas no concurso.
A iniciativa parte do cerne do projeto BELO que é criar um elo de empatia entre o paciente e a sociedade. O caminho escolhido para isso foi a arte, com seu potencial criativo que quebra barreiras e empodera seus autores. O nome do projeto, um acrônimo para Brillando en la Oscuridad – Brilhando na Escuridão, em português – já dá pistas que sua missão principal é jogar luz sobre o debate relacionado aos problemas de saúde mental para diminuir os preconceitos.
“É importante ressaltar que o concurso não tem como objetivo avaliar a qualidade técnica da obra, mas considerar a força com que a produção expressa as emoções do indivíduo no processo de vivência com um problema de saúde mental. Ou seja, os participantes não precisam ser artistas, escritores, músicos ou ter qualquer tipo de formação em arte para inscrever suas produções”, reforça Luis Garcia, fundador da Europamundo e idealizador do BELO.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2022, hoje 970 milhões de pessoas vivem com algum problema relacionado à saúde mental. Mais de um terço desse número – 300 milhões de pessoas – enfrentam a depressão, enfermidade que tem se agravado nos últimos anos. Estudos mostram que 30% a 50% desses pacientes não recebem o tratamento adequado, o que está relacionado a fatores como desconhecimento, falta de acesso a programas de prevenção e dificuldade em pedir ajuda devido ao auto estigma de ter uma condição que é abafada pela sociedade. “O concurso propõe o caminho inverso, iluminando as sombras ao reconhecer o talento e as emoções sentidas por essas pessoas”, diz Marina Leal, líder do projeto BELO no Brasil.
Por meio do destaque às criações que se inspiram na vivência com a condição de saúde, o projeto impacta a sociedade positivamente e humaniza o paciente, normalizando suas experiências. Ao mesmo tempo, serve de espelho para quem desconfia estar sofrendo de algum problema de saúde mental que pode se enxergar na fala do outro e perceber que não está sozinho na luta, o que aumenta a esperança no tratamento e na cura.
A participação é gratuita e está aberta a pessoas de todas as idades e nacionalidades. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia realizada em Madri, em 10 de outubro de 2024, Dia Mundial da Saúde Mental, e receberão prêmios individuais em dinheiro que variam de 200 a 5.000 Euros, dependendo da categoria. No total, o concurso dará 21.500 Euros em prêmios aos vencedores que também terão suas criações expostas no site e nas redes sociais do projeto BELO.
As inscrições devem ser feitas na página em português do site do projeto.
Edição Rose Cecilia
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