Notícias

A 6ª edição do FOHB - (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) aconteceu no último dia 16/09 no Hotel Rosewood São Paulo
O tema desse ano foi "A Era da Experiencia" que discutiu os desafios, oportunidades e tendencias no setor hoteleiro

Por Rose Cecilia

Orlando Souza, Presidente Executivo da FOHB. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Ao longo do dia, foram realizados diversos painéis e palestras sobre temas relevantes ao setor hoteleiro, a abertura foi conduzida por Orlando Souza, Presidente Executivo da FOHB.

Beto Caputo. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Beto Caputo, Presidente do Conselho do FOHB comentou: "Na pandemia, muitas reformas, muitas atualizações foram postergadas e é hora de retomar os investimentos. Nesse comum ambiente que é positivo, nós crescemos de 22% para 23% e tendemos a crescer mais, pelo menos mais 10% em Revpar nesse ano." comentou também: "A hotelaria está cada vez mais focada na customização e na sustentabilidade, oferecendo experiências únicas adaptadas às preferências dos clientes. A sustentabilidade deixou de ser uma opção e se tornou uma norma, integrando toda a cadeia de operações".

Mailson da Nóbrega. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Mailson da Nóbrega, em sua palestra "Perspectivas da Economia Brasileira", discutiu os principais desafios enfrentados pelo Brasil em relação ao crescimento econômico, enfatizando dois pontos centrais: a produtividade e a situação fiscal.
A produtividade é o fator essencial para a geração de riqueza de um país. Nóbrega argumenta que o Brasil precisa urgentemente melhorar a produtividade, pois é o principal motor para o crescimento sustentável. Sem um aumento significativo na eficiência, será difícil competir no cenário global e promover o desenvolvimento econômico.
Outro grande desafio, segundo Nóbrega, é a grave situação fiscal do país. Ele destaca que 96% dos gastos do governo são obrigatórios, sendo destinados a despesas vinculadas, como juros e outros compromissos legais. Esse alto percentual de gastos fixos limita a capacidade de manobra do governo para investir em áreas estratégicas, comprometendo a geração de novas oportunidades e o crescimento de longo prazo. O termo "anotação do recurso" é utilizado por ele para descrever a necessidade de melhor gestão dos recursos disponíveis, evitando desperdícios.
Para garantir o crescimento, Nóbrega defendeu que é necessário investir onde há maior potencial para geração de renda, bem-estar e emprego. O Brasil, mesmo com um consumo crescente, precisa ter capacidade produtiva para atender essa demanda. Caso contrário, a pressão inflacionária pode aumentar, e o Banco Central terá dificuldades para cumprir suas metas. A resiliência, o termo emprestado da física, refere-se à capacidade de uma economia enfrentar crises e voltar a crescer de forma robusta. Em resumo, Mailson da Nóbrega enxerga o Brasil com potencial para superar os desafios, mas enfatiza que melhorias na produtividade e um ajuste fiscal adequado são fundamentais para garantir um futuro de crescimento sustentável e de equilíbrio.

Cristiano Vasques. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Cristiano Vasques comentou que o setor hoteleiro brasileiro enfrenta desafios, mas vê oportunidades de crescimento. O setor hoteleiro no Brasil, abalado pela pandemia e pela economia estagnada, começa a enxergar perspectivas de crescimento moderado para cenário atual: Queda na ocupação, mas com expectativa de recuperação. “Março de 2023 não foi tão forte quanto o mesmo período de 2022, especialmente em São Paulo, o que acabou afetando o desempenho do trimestre”, explicou Cristiano Vaques. No entanto, ele aponta que essa queda foi compensada por um aumento no número de visitantes em outras regiões do país, equilibrando o cenário. Um dos principais fatores que podem contribuir para o setor é a limitação na oferta de novos empreendimentos hoteleiros. “Os projetos de construção de hotéis levam em média de quatro a cinco anos para serem concluídos, e não há uma onda de novas construções previstas para os próximos anos”, afirmou Vaques. Isso significa que o aumento da oferta será lento, o que favorecerá o ajuste de preços.
A expectativa para 2025 é de uma ocupação estável, com um ambiente de pouca oferta. “A falta de oferta de novos hotéis nos próximos cinco anos, somada à recuperação gradual da demanda, cria condições propícias para uma recuperação lenta, mas sólida”, concluiu Cristiano Vaques, reforçando que o setor pode estar prestes a sair da fase mais crítica.

Lúcia Helena Galvão. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Lúcia Helena Galvão comentou sobre a importância de tornar a vida mais leve. Ela abordou um tema crucial para o bem-estar no ambiente de trabalho: “Desmotivação pesa, e muito”, afirmou Lúcia Helena, ressaltando que o peso emocional pode ser tão real quanto físico, afetando diretamente a saúde mental e o desempenho no trabalho. "Pesa uma tonelada nas costas", destacou, explicando que a leveza é justamente a capacidade de tornar as coisas mais simples de se carregar, disse que uma das principais causas desse "peso" é o fato de nos deixarmos influenciar pelas situações externas, seja o ambiente de trabalho, a rotina, ou até mesmo as opiniões e atitudes dos outros. "Quando, em determinado momento, nos deixamos contaminar pelas influências do meio, acabamos por carregar mais do que deveríamos", refletiu. Para Lúcia Helena, a maneira como percebemos os problemas pode transformar a nossa experiência de vida. “A leveza não é sobre fugir dos problemas, mas sobre como os encaramos. A forma como lidamos com eles pode fazer toda a diferença entre nos sentirmos sobrecarregados ou equilibrados”. Segundo ela, não significa ignorar os desafios, mas sim encontrar maneiras mais suaves de enfrentá-los, evitando se deixar abater pelas adversidades. Ela propôs uma mudança de perspectiva que é aprender a carregar o peso da vida com mais leveza, transformando as situações difíceis em oportunidades de crescimento e resiliência. Para ela, a chave é compreender que, ao influenciarmos a forma como vemos os desafios, podemos tornar o trabalho – e a vida – mais leves e gratificantes.

Fábio Gandour. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Fábio Gandour: "IA e Hotelaria: Será que Elas se Entendem?" Métricas e Inteligência Artificial: Como tornar serviços mais eficientes. Na palestra, Fabio Gandour abordou temas como métricas, inteligência artificial (IA) e formas de otimização da produtividade em serviços. Ele destacou a importância das proporções quantitativas e qualitativas, além de enfatizar o papel fundamental da linguagem como ferramenta para a inteligência humana. Fabio Gandour iniciou sua fala discutindo a relevância das considerações, enfatizando que elas são essenciais para medir o desempenho em diversas áreas, especialmente financeira e econômica. Ele explicou a diferença entre quantitativas e qualitativas, exemplificando com uma interação direta com a audiência: "Quem aqui tem mais de 40 anos? Quase metade! Acabei de realizar uma medição quantitativa", brincou. Para ele, o ato de medir não se restringe a números. A compreensão qualitativa também tem seu valor. "Michelle gosta de massa. Isso é uma medição qualitativa", acrescentou, mostrando como a coleta de informações pode ter várias formas. No setor de serviços, por exemplo, ele destacou como a IA pode aumentar a produtividade: “O desafio é tornar os serviços mais eficientes de maneira sistemática”, explicou. Para conseguir isso, é necessário estruturar o conhecimento e as habilidades dos profissionais, muitas vezes em formato de texto ou algoritmos. Fabio Gandour finalizou sua palestra discutindo como a inteligência artificial e as análises podem ser aplicadas de maneira inovadora no setor de serviços. Ele apontou a necessidade de combinar conhecimentos profundos com habilidades mais amplas e superficiais, cabendo ao profissional ou gestor definir quais são as prioridades. "Funcionar para trabalhar com servidores requer formato de texto, onde o conhecimento do profissional deve ser armazenado e utilizado da melhor forma
A chave é entender as necessidades específicas de cada área de atuação e utilizar a tecnologia como uma ferramenta para aprimorar a comunicação, a eficiência e a produtividade, sempre levando em consideração o papel essencial das habilidades humanas.

Felipe Tavares. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

O Economista Felipe Tavares abordou de forma crítica as dificuldades e desafios relacionados à reforma tributária no Brasil, enfatizando a complexidade de sua implementação e seus impactos potenciais, destacou também o contexto de um crescimento econômico fraco, desigualdade social e elevação regional. Segundo Felipe Tavares, a simplificação não se resume apenas à redução de impostos, mas também à redução de normativas e resoluções estaduais, diminuir o custo de conformidade tributária. Aponta também que, mesmo com a promessa de simplificação, uma guerra fiscal entre os benefícios fiscais e carga tributária não será reduzida, e pode aumentar nos próximos anos. Apresentou uma visão crítica e cautelosa sobre a reforma tributária, destacando tanto os avanços quanto as frustrações. Apesar de algumas simplificações, o aumento da carga tributária, especialmente para setores importantes como o comércio e serviços, levanta preocupações sobre os impactos no crescimento econômico, competitividade e equidade social. Em um cenário de incertezas e desafios econômicos, o setor hoteleiro brasileiro começa a vislumbrar oportunidades de crescimento.
O setor hoteleiro, especialmente em cidades como São Paulo, teve um desempenho abaixo do esperado em 2023, em parte porque o mês de março não repetiu o sucesso do ano anterior, quando houve um pico de demanda. Mesmo assim, há sinais de que a ocupação nos hotéis pode melhorar com a recuperação gradual da economia. Um dos fatores que favorecem a recuperação do setor é a baixa oferta de novos hotéis. Ele explica que o ciclo de construção de um hotel leva entre quatro e cinco anos, desde a concepção do projeto até a inauguração. Isso significa que, mesmo que haja planos de expansão, o impacto real no mercado não fará sentido imediatamente. “Nos próximos cinco anos, não há previsão de uma oferta significativa de novos hotéis, o que mantém as expectativas de crescimento das tarifas”. Apesar da oferta limitada, o interesse por novos projetos hoteleiros continua. Uma tendência importante que ele destaca é a interface entre empreendimentos hoteleiros e residenciais. Para 2025, a previsão é de uma ocupação estável e crescimento real nas tarifas.

Newton Neto. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Newton Neto- Managing Director, Global Partnerships, Latin América, Google falou da importância das reservas diretas para proprietários de hospedagens, destacou também a relevância das reservas diretas como o melhor canal de atendimento para os proprietários de hospedagens. Ele enfatizou que muitos empresários ainda subestimam a importância de utilizar ferramentas práticas e acessíveis, como as oferecidas pelo Google, para atrair clientes de maneira direta e sem intermediários. “Quem aqui tem um site que oferece reservas diretamente?”,  perguntou Neto ao público. O reforço de que ter um canal direto com os consumidores é fundamental, especialmente em um mercado onde as pessoas buscam cada vez mais experiências rápidas e simples na hora de realizar uma reserva. "O Google não opera como uma central de reservas, ele conecta diretamente o cliente à sua propriedade, sem custo algum", Newton ressaltou que muitos proprietários não utilizam corretamente as funcionalidades que o Google oferece para o setor de hospedagem. A ferramenta, segundo ele, permite a criação de um botão de "buscar disponibilidade" diretamente no perfil da empresa, proporcionando uma experiência ágil para o cliente e sem taxas para os proprietários.

Alê Costa. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Alê Costa, CEO e fundador da Cacau Show, compartilhou sobre a trajetória da empresa, que começou de forma modesta e se tornou a maior rede de franquias de chocolates do mundo. Ele destacou os desafios enfrentados ao longo do caminho e as conquistas que impulsionaram a expansão global da marca. Além do sucesso comercial, Alê Costa ressaltou o desafio e a responsabilidade de "tocar vidas" por meio do impacto positivo que a empresa gera em seus colaboradores, parceiros e clientes. Com mais de 4.650 lojas espalhadas pelo Brasil e 22 mil funcionários, a marca atingiu proporções impressionantes. Alê Costa ressaltou que, embora o sucesso seja motivo de orgulho, a essência do seu negócio vai muito além dos números. “Somos milhares de pessoas que fazem um verdadeiro show no dia a dia”, afirmou o empresário. Ele destacou a importância de tocar a vida dos consumidores e oferecer algo que vá além das expectativas.  A marca continua a crescer rapidamente, com uma média de 50 novas lojas abertas por mês. Este ritmo acelerado resulta em números impressionantes, fazendo com que a rede tenha hoje três vezes mais pontos de venda do que muitos concorrentes. Segundo ele, esse crescimento é sustentado pela busca constante pela inovação e pela escolha de locais estratégicos para as novas lojas.

Sérgio Souza - diretor do Casa Grande HotelToni Sando - presidente executivo do SPCVB e Fernando Guinato - diretor geral do WTC Events Center e Sheraton São Paulo WTC. Foto: Divulgação Fórum Nacional da Hotelaria - FOHB

Toni Sando, presidente do São Paulo Convention & Visitors Bureau, destacou a relevância das entidades de promoção turística para o sucesso da hotelaria e do turismo no Brasil. Segundo ele o trabalho das associações que promovem destinos em feiras de turismo e roadshows internacionais é fundamental para atrair visitantes. “Os hoteleiros associados, que aqui são a maioria, contam com o apoio dessas equipes que viajam o mundo todo promovendo destinos. "Vamos para o mundo, para o mundo vir pra gente”, afirmou. O trabalho, muitas vezes visto como algo quase "mágico", tem um papel estratégico no aumento do fluxo de visitantes, que impacta diretamente o número de hóspedes nos hotéis. A importância de uma estratégia forte de promoção de destinos, articulada pelas entidades se reflete diretamente no sucesso da hotelaria, tornando o Brasil um destino cada vez mais atraente e relevante no cenário.

Fechando o evento Danilo Gentile recebeu num Talk show Ricardo Ruas, Lucas Corazza e Tamy lais

A 6ª edição do FOHB teve o apoio e patrocínio de: Select Brazil, Anuga, B2B.reservas,  .
Equipotel, Grupo R1, Nespresso, Seara, TOTVS e Vega IT.CVC Corp, Harus, RenTV, Shift e Friboi.

Edição por Julia Marques.
Data de publicação desta Matéria 25-09-2024
Regulamento das Notícias


PARCEIROS

Contatos

São Paulo/SP
Rua Martins Fontes, 364 - SALA 904
Centro - CEP: 01050-000
+55 (11) 99679-7756

contato@guiadoturismobrasil.com
© Copyright 2024 - Guia do Turismo Brasil | Todos os direitos reservados. Desenvolvido por: APLICARI